Na rua quieta, sopra um vento frio
Onde os passos vagarosamente passam
Nos cantos úmidos e apagados
De uma esperança tão absurda
Onde esconde-se recatado
O pudor da vontade abstrusa.
Sentindo o cheiro de nada
Tocando coisa alguma
Receio e culpa me esperam
No fim da rua.
-Virgilio, Virgilio, onde guardas teu filho?
No charme de virgem semblante
Esconde-se homem
Na rua quieta sopro eu seu nome
Onde em curtos passos, procuro espaço.
-Marfim, Marfim, por que não olhas pra mim?
Em grandes sonhos
Sussurro e calo
Nos cantos de luxo pago
Só há encanto em Marfim.
Na rua inquieta sopra só o vento frio
-Virgilio, Virgilio, onde guardas teu filho?
(Fabricado em: 19 Janeiro de 2005)
*Breves explicações:
- Virgilio é o nome de uma rua da cidade onde morei (Virgilio Martins de Oliveira)
- Marfim, nesse texto, não se refere a minha pessoa, mas sim a um antigo amor platônico ao qual dedica-se. Mais tarde, adotei o nome com o complemento "Mosac" (segredo revelado, rs).
Eu li em primeira mão! *-*
ResponderExcluir:)
ExcluirCaramba... Muito bom. Gostei das rimas e da profundidade do texto que, ao mesmo tempo, trata do nada.
ResponderExcluirValeu Marc!
ExcluirAbraços!
Muito bom, velho! Tem peso e mistério. Gostei!
ResponderExcluirGratidão Gu!!!
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