quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Sorriso do Equilibrista...


Ele traz um disco voador em suas mãos
Plaina leve sobre meu coração
Com seu sorriso de equilibrista
Sobremesas pra te ver de novo...

Um estouro,
O Sol brilha forte
Esticando-se em minutos nutritivos


...Johnny

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Peçonha


Minha vida, um charco.
Minha última sombra, 

Meu último recurso,
Não quero me estragar.

Nos olhos dele não há o doce,
Não há a grandeza do ritmo,
Sangra minha vida nessa ficção.
Não me faça sofrer mais.

A vida é de um perigo
Que me encharca de suor e sangue
[Lágrimas soturnas]
Um mito que se embaraça
E nos prende como um vicio

Morno meu coração
Bate um tom a menos hoje
Cansado, ceifado... arrefece
Como peçonha no vidro


terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Grande Serpente Vaporosa


Lichias e borboletas
O céu sobre nossas cabeças
Toda delicadeza dessa vida

A Selva é deus
E sou teu agora!

Me levanto e o Sol avisa que é tarde
A Serpente branca se enrola em meu corpo
Num abraço hipnótico sua língua
Me cheira e me orbita vermelha.

Meu corpo logo se rende
Abandona a força e se torna senciente
Não quero lutar, então vou
Na garganta deslizo...

Por fim a Serpente sou eu
Somos a Terra e seu grito
Um sonho vaporoso
Enraizado em mim

A Serpente é deus
E sou teu agora!


*Gratidão todas as manhãs, a esta Natureza divina.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Anônimo

Me comove o rastro
E este sentimento eu trago
Eu engulo com os olhos
De quem é morto de fome
E desejo a facilidade de teu nome.

Entre as pernas moles
Escorrem os passos
Espaço...
Passos...
Eu trago...

E engulo a serenidade de teu corpo
Transformo-me em organismo vivo
Zigoto
Pra Recordar mais uma vez teu rosto
Pra fenecer num sorriso moço.

Mas me condena o anonimato
De viver entre os ratos
Observando os teus passos
E morrendo do trago
Dos passos...
Espaços...
Eu trago...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Composição Poética de Pouca Extensão

Certo dia, eu em demasia
De pensamentos efusivos
Tive da vida o mais inofensivo
E tortuoso cumprimento de minha fantasia

Minha solidão invicta por destino
Estremeceu diante dos teus glóbulos
Na apoteose e nos nódulos
Despertando minha consciência pro desatino

Numa zênite enlouquecida
Da esperança mais moribunda
Onde toda desgraça oriunda
Da mais profunda ferida

Fiz dessa visão meu cilício
Guardei lancinante esperança
Como uma velha e terna lembrança
Um fatídico vicio.



*Fabricado em: 21/04/2007