quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Terra, o Homem e a Calma

Na contra mão do sonho
Busco quedar o sossego
Flecha e arco, terra e mato
Vai furar a noite e o silêncio

Meu grito de fato
Agitou uma nuvem de pássaros
Fez voar tão longe, dizível ou não
O susto que segurava na mão

Um milhão de sons ondulados
Me desfaço em paraísos quiméricos
Meus olhos fechados enxergam
Numa névoa viva me deserto

E quando por fim chego letárgico
Nos braços da Terra adormeço
Um pouco mais Homem,
Infinitamente mais Calmo

Eu trago,
E mais de mim conheço.