quinta-feira, 19 de abril de 2012

Anônimo

Me comove o rastro
E este sentimento eu trago
Eu engulo com os olhos
De quem é morto de fome
E desejo a facilidade de teu nome.

Entre as pernas moles
Escorrem os passos
Espaço...
Passos...
Eu trago...

E engulo a serenidade de teu corpo
Transformo-me em organismo vivo
Zigoto
Pra Recordar mais uma vez teu rosto
Pra fenecer num sorriso moço.

Mas me condena o anonimato
De viver entre os ratos
Observando os teus passos
E morrendo do trago
Dos passos...
Espaços...
Eu trago...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Composição Poética de Pouca Extensão

Certo dia, eu em demasia
De pensamentos efusivos
Tive da vida o mais inofensivo
E tortuoso cumprimento de minha fantasia

Minha solidão invicta por destino
Estremeceu diante dos teus glóbulos
Na apoteose e nos nódulos
Despertando minha consciência pro desatino

Numa zênite enlouquecida
Da esperança mais moribunda
Onde toda desgraça oriunda
Da mais profunda ferida

Fiz dessa visão meu cilício
Guardei lancinante esperança
Como uma velha e terna lembrança
Um fatídico vicio.



*Fabricado em: 21/04/2007