Essa bebida me anestesia a carne
Mas o resto continua insone
Nem o álcool dilui esse sentimento
Espesso, grotesco e imune
Aos padrões
Entrando noite afora
Me escondo onde nada importa
Um oco, um toco, uma rocha
A flor maldita desabrocha
Na noite
Sem licença, sem pudor, sem dor
Sem nada
Nem roupas, nem nada
O som do medo te afasta
Enquanto embaixo dos meus pêlos
A pele arrepiada
Não se culpa
Nem diz nada
Apenas goza
Farta!