Essa bebida me anestesia a carne
Mas o resto continua insone
Nem o álcool dilui esse sentimento
Espesso, grotesco e imune
Aos padrões
Entrando noite afora
Me escondo onde nada importa
Um oco, um toco, uma rocha
A flor maldita desabrocha
Na noite
Sem licença, sem pudor, sem dor
Sem nada
Nem roupas, nem nada
O som do medo te afasta
Enquanto embaixo dos meus pêlos
A pele arrepiada
Não se culpa
Nem diz nada
Apenas goza
Farta!
quinta-feira, 2 de julho de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Centelo
Os meus receios
Minhas mãos cheias de dedos
Tão cheio, tão cheio
De flores ópias
O teu cabelo
De brilho dourado
Tal qual centeio
No Prado
Meu pensamento
Sorvendo memórias
Rodopio e por um segundo
Estou embriagado
Minhas mãos cheias de dedos
Tão cheio, tão cheio
De flores ópias
O teu cabelo
De brilho dourado
Tal qual centeio
No Prado
Meu pensamento
Sorvendo memórias
Rodopio e por um segundo
Estou embriagado
domingo, 5 de abril de 2015
Nascimento
Madeira e folhas,
Húmos e rocha,
Tempo.
Meu nascimento
Como coisa pequena
Carbono, célula, energia,
Movimento.
Sou uma fagulha na existência
Mas minha cabeça uma chama
Que inflama de vida
Este momento.
Húmos e rocha,
Tempo.
Meu nascimento
Como coisa pequena
Carbono, célula, energia,
Movimento.
Sou uma fagulha na existência
Mas minha cabeça uma chama
Que inflama de vida
Este momento.
Assinar:
Postagens (Atom)